CLICK HERE FOR THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES »

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mozart Tiger Woods Mourinho

O colunista do New York Times David Brooks desbaratava, há dias, mais uma vez, a tese romântica do génio. Para ser génio é preciso talento, OK; mas a partir daí há que trabalhar e trabalhar esse talento, e desde pequenino. É a já famosa regra das 10 mil horas de trabalho antes de se começar a brilhar. Mozart foi um menino-prodígio mas não passaria disso, como tantos, não fosse ter o mesmo que teve o golfista Tiger Woods: um pai que o pôs a transpirar até o talento, enfim, frutificar. 10 mil horas, em jornadas de 12 horas intensivas, dão quase três anos dedicados ao objectivo. É a pergunta que eu farei quando encontrar Mourinho: quantas horas dedicou a servir o sonho de seu pai, Félix Mourinho? Mourinho, pai, que foi bom guarda-redes e bom treinador (do Rio Ave e assim), mandava o garoto ver os jogos dos adversários e exigia-lhe relatórios. Eu, nos estádios, pulava; José Mourinho, apontava. Eu, nos estádios, cheguei a bitaiteiro. Mourinho, a campeão em Portugal, Inglaterra e, agora, Itália. Nunca perdoarei ao meu pai ter-me feito feliz na infância.
.

0 comentários: