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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Restaurar de escadote


Aprecio uma boa acção política. O cidadão que pela madrugada atravessou a Praça do Município de escada ao ombro, subiu à varanda e hasteou a bandeira da Monarquia tem a minha simpatia. Acção justa: defende uma causa. Acção oportuna: aproveita-se da proximidade do centenário da República. Acção no lugar certo: naquela varanda foi mudado o regime, em 1910. Acção estética: é bonita aquela bandeira. Acção bem propagandeada: filmou-se a coisa. E, sobretudo, acção como devem ser as políticas: comprometendo só quem a faz (não mandando outros à frente), e com um gesto sem consequências definitivas (não se arriscou sangue, só umas bordoadas na esquadra vizinha). É pena que com tanto acerto se descurasse um ponto: a causa em si. A causa é digna, já o disse, mas não me anima restaurar a Monarquia. Eu, quando quero jogar, vou ao casino. Apostar que o filho do rei, por ser filho do rei, é quem melhor nos governa pode dar jackpot (D. João II) ou a forte probabilidade de um cretino (a lista não cabe aqui). Mas, repito, gostei da acção. Como gosto de cada vez que a Liga para a Libertação dos Anões de Jardim rouba um.
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1 comentários:

Anónimo disse...

Pois eu sou uma simpatizante afincada da Monarquia. Para além dos princípes e princesas que povoam as histórias da nossa infância, não será justo haver alguém que é desde menino (menina), preparado para o mais alto cargo representante de um país? E quantos são os presidentes de que nos lembramos ou reconhecemos por essa Europa fora? Ao invés, alguém é capaz de não reconhecer a raínha de Inglaterra ou a família real espanhola? Talvez porque eles representam uma nação e não um ideal político de direita ou de esquerda. Representam uma nação livre e é essa liberdade que temos que manter, sejamos monárquicos ou republicanos.
RELES