Parece que não foi desta, ainda não tivemos a cara agonizante em directo. Por enquanto, foi só o casamento. Casamento foi sempre assunto de interesse público, nada faz virar a cabeça mais do que um carro de noiva. Minto, talvez um carro funerário com pessoa famosa lá dentro chame mais as atenções. Calculem, então, o que causa um casamento de noiva com cancro terminal! Ontem, foi o grande dia de Goody, famosa do Big Brother britânico, rapariga dos subúrbios que vendeu o casamento a uma revista por 700 mil libras e, por mais 100 mil, a transmissão televisiva a um canal. O casamento valeu cerca de um milhão de euros porque veio com brinde: o cancro de útero de Goody e as prometidas poucas semanas de vida. A revista ter um título todo optimista, OK!, e o canal televisivo chamar-se Living TV, TV Viva, não foi programado, é só daquelas ironias que nos fazem acreditar que não há humor como o do destino. Mas, enfim, foi só um casamento. E, se calhar, quando alguém vender a sua morte em directo também será banal. O nosso patamar de expectativa já está em alguém anunciar, programar e matar alguém em directo. Para quando?
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
O Cancro mais famoso em Inglaterra
Publicada por Isabel Ferreira à(s) segunda-feira, fevereiro 23, 2009
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1 comentários:
Se não tivesse já ouvido falar deste caso, diria que só podia ter sido tirado de um filme que vi há já alguns anos...
"Morte em directo" era o nome do filme e tratava isso mesmo - a MORTE como um negócio rentável não só para as agências funerárias, mas também para os media -
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