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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Grande Mágico Cósmico ...

Em 1978, no Mundial da Argentina, a equipa da casa, para ir à final, precisava de ganhar ao Peru por uma cabazada impossível. Pois bem, a Argentina teve o que precisava: ganhou por 6-0. Eis uma das provas de que há coincidências: o que era improvável aconteceu. Mas tenho de admitir que, anos depois, o guarda-redes peruano Quiroga confessou que recebera dinheiro dos argentinos... Está bem, retiro esse caso, mas dou um exemplo clássico: a jogar bridge, Vera Nettick, de Nova Jérsei, recebeu as 13 cartas do naipe de ouros - uma chance em 635 mil milhões! Se tivesse acontecido comigo num casino clandestino de Alcântara nunca se saberia (se eu mostrasse as cartas, todas do mesmo naipe, coincidência ou não, partiam-me um joelho). Logo, deve haver mesmo um Grande Mágico Cósmico que gosta de espantar os humanos com coincidências e gosta que isso se saiba. Ainda não acreditam? Vejam hoje: há 200 anos, no mesmo 12 de Fevereiro de 1809, nasceram Charles Darwin e Abraham Lincoln. Ainda mais difícil: no mesmíssimo 23 de Abril de 1616, o Grande Mágico Cósmico fez desaparecer dois gigantes do mesmo ofício: morreram Shakespeare e Cervantes.
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