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Nem a derrota do PS nem a vitória do PSD são aquele resultado a que se pode chamar definitivo. Definitiva - e essa foi a grande conclusão da noite de ontem - foi a morte do Bloco Central. Lobo Xavier (alma do CDS para lá das tricas do quotidiano) já fazia, ontem, as contas para Outono: somava PSD e CDS. À esquerda, ninguém ainda ousou acrescentar um parceiro ao PS mas esse vai ser o debate das próximas semanas, sendo o BE, mais dinâmico, o candidato provável a co-piloto. Essa requalificação das forças para as legislativas acabou por ser a única função das nossas eleições europeias, o que é pouco. A enorme ausência de voto dos eleitores portugueses respondeu adequadamente à ignorância que os candidatos portugueses votaram a Europa. Como todos os novos-ricos, gostamos de desperdiçar: tratamos as europeias como meras primárias. Atendendo o que a Europa é e manda, é ver curto. Muito curto.
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