O ano lectivo que agora terminou foi marcado pela instabilidade. A reforma das políticas de educação esteve sempre na ordem do dia. A pedra de toque do início da contestação foi a discussão do Estatuto da Carreira Docente que após amplo e acesso debate entrou em vigor. Nesta matéria, a criação da categoria de professor titular foi uma das medidas que mais contribuiu para a agitação entre os professores.
Entretanto, a contestação dos professores subiu de tom com o anúncio do sistema de avaliação de desempenho, o qual esteve na génese da Marcha da Indignação que os sindicatos consideraram a maior manifestação de sempre contra as políticas de educação. Apesar de mais de 100 mil professores terem saído para a rua, acusando o sistema de avaliação de ser um instrumento de punição dos professores, este acabou por entrar em vigor ainda durante o ano lectivo.
Mas, a instabilidade não foi apanágio dos professores. O ano foi também marcado pela publicação do novo estatuto dos alunos dos ensinos básico e secundário e pelo novo modelo de gestão das escolas, dois temas que geraram bastante polémica. O estatuto foi bastante contestado por toda a comunidade educativa, tendo António Barreto escrito no Público que se trata de “um dos mais monstruosos documentos jamais produzidos pela Administração Pública portuguesa”. Quanto ao modelo de gestão das escolas, uma das medidas mais criticadas foi a extinção dos órgãos colegiais de direcção das escolas, considerada por alguns especialistas como uma “ameaça à democracia”.
Para culminar esta situação explosiva, o ano foi também pródigo em episódios mediáticos de indisciplina nas salas de aula e de violência nas escolas. A este respeito basta recordar que o Procurador-geral da República denunciou a existência de casos de alunos armados dentro das escolas e definiu a violência nas escolas como uma prioridade da investigação.
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Mas, não há bela sem senão. A Educação na Hora pode contribuir decisivamente para tornar Portugal no país com a maior percentagem de doutores e engenheiros da Europa e do Mundo, mas a questão que fica sem resposta é: a Educação Simplex condena os portugueses ao Emprego Simplex? Um emprego precário, sem contrato, sem férias, sem segurança social, sem reforma. Simple(x)mente, um Emprego (n)à Hora.
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4 comentários:
Infelizmente, é a triste realidade ...
É preciso gostar MUITO para se viver numa situação destas :(
Concordo e subscrevo.
Sónia
uma medida simplex seria trocar maria de lurdes rodrigues...
RELES
Concordo e subscrevo.
LOL
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