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No inverno de 1940 é oficialmente nomeado líder espiritual dos Tibetanos. No Templo de Jokhang foi-lhe cortado o cabelo e vestido o manto monástico, tendo tomado votos como noviço. A sua aprendizagem formal foi inteiramente religiosa e de carácter espiritual.
O seu campo principal de estudo foi a filosofia e a psicologia budista. Estudou principalmente as obras de filósofos religiosos da escola Gelugpa à qual os Dalai Lama tradicionalmente pertencem.
Aprendeu de cor tratados sobre sânscrito, dialéctica, lógica, filosofia religiosa e metafísica, tendo obtido o título de Geshe Lhampara, ou seja, Doutor de doutrina budista. Por exemplo, em filosofia religiosa estudou a Prajna Paramita (a Perfeita Sabedoria Transcendente), a Via do Meio (Madhyamika), a disciplina monástica (Vinaya), a Metafísica (Abhidharma) e a lógica e dialéctica (Pramana). Os estudos eram acompanhados por longas horas de meditação ou orações na presença de vinte mil monges.
Foi em Lassa que Sua Santidade teve os primeiros contactos com a cultura Ocidental guiando os três carros importados pelo XIII Dalai Lama, fazendo instalar um projector de cinema no Potala, onde via filmes de Tarzan e conversava longamente com Heinrich Harrer (escreveu as suas memórias no livro, e posterior filme, “Sete anos no Tibete”).
Cronologia:
1950. O regime chinês da época invade o Tibete. Durante nove anos, os tibetanos lutaram pacificamente para manterem a sua identidade sem nenhum resultado.
1959. Vendo que a própria sobrevivência do budismo tibetano estava em perigo se continuasse no Tibete, S.S. Dalai Lama deixa o seu país natal, refugiando-se na Índia (Dharamsala), país onde o budismo nasceu. Na Índia encontra-se com Nehru e, tal como Ghandi, defende sempre a não violência afirmando:
"Sou um adepto fervoroso da doutrina da não violência, que foi ensinada pela primeira vez pelo Buda, sendo depois praticada pelo santo e líder Mahatma Gandhi".
Líder espiritual de todas as escolas budistas tibetanas, Sua Santidade é um factor de união e de construção da identidade cultural dos tibetanos no exílio (e que já nasceram fora do Tibete) e de muitos ocidentais que encontraram no budismo uma ferramenta espiritual.
(...)
1989. O Ocidente reconhece finalmente a sua acção não violenta para preservar a cultura tibetana e a paz no mundo, com a atribuição do
No inverno de 1940 é oficialmente nomeado líder espiritual dos Tibetanos. No Templo de Jokhang foi-lhe cortado o cabelo e vestido o manto monástico, tendo tomado votos como noviço. A sua aprendizagem formal foi inteiramente religiosa e de carácter espiritual.
O seu campo principal de estudo foi a filosofia e a psicologia budista. Estudou principalmente as obras de filósofos religiosos da escola Gelugpa à qual os Dalai Lama tradicionalmente pertencem.
Aprendeu de cor tratados sobre sânscrito, dialéctica, lógica, filosofia religiosa e metafísica, tendo obtido o título de Geshe Lhampara, ou seja, Doutor de doutrina budista. Por exemplo, em filosofia religiosa estudou a Prajna Paramita (a Perfeita Sabedoria Transcendente), a Via do Meio (Madhyamika), a disciplina monástica (Vinaya), a Metafísica (Abhidharma) e a lógica e dialéctica (Pramana). Os estudos eram acompanhados por longas horas de meditação ou orações na presença de vinte mil monges.
Foi em Lassa que Sua Santidade teve os primeiros contactos com a cultura Ocidental guiando os três carros importados pelo XIII Dalai Lama, fazendo instalar um projector de cinema no Potala, onde via filmes de Tarzan e conversava longamente com Heinrich Harrer (escreveu as suas memórias no livro, e posterior filme, “Sete anos no Tibete”).
Cronologia:
1950. O regime chinês da época invade o Tibete. Durante nove anos, os tibetanos lutaram pacificamente para manterem a sua identidade sem nenhum resultado.
1959. Vendo que a própria sobrevivência do budismo tibetano estava em perigo se continuasse no Tibete, S.S. Dalai Lama deixa o seu país natal, refugiando-se na Índia (Dharamsala), país onde o budismo nasceu. Na Índia encontra-se com Nehru e, tal como Ghandi, defende sempre a não violência afirmando:
"Sou um adepto fervoroso da doutrina da não violência, que foi ensinada pela primeira vez pelo Buda, sendo depois praticada pelo santo e líder Mahatma Gandhi".
Líder espiritual de todas as escolas budistas tibetanas, Sua Santidade é um factor de união e de construção da identidade cultural dos tibetanos no exílio (e que já nasceram fora do Tibete) e de muitos ocidentais que encontraram no budismo uma ferramenta espiritual.
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1989. O Ocidente reconhece finalmente a sua acção não violenta para preservar a cultura tibetana e a paz no mundo, com a atribuição do
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