Sua Santidade O Dalai Lama nasceu a 6 de Julho de 1935 (5º dia do 5º mês do ano de Javali de madeira, do calendário tibetano), numa pequena aldeia tibetana. Os seus pais eram simples agricultores. Foi reconhecido como Dalai Lama aos 2 anos de idade, partindo para Lassa em 1939 com toda a sua família.
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No inverno de 1940 é oficialmente nomeado líder espiritual dos Tibetanos. No Templo de Jokhang foi-lhe cortado o cabelo e vestido o manto monástico, tendo tomado votos como noviço. A sua aprendizagem formal foi inteiramente religiosa e de carácter espiritual.
O seu campo principal de estudo foi a filosofia e a psicologia budista. Estudou principalmente as obras de filósofos religiosos da escola Gelugpa à qual os Dalai Lama tradicionalmente pertencem.
Aprendeu de cor tratados sobre sânscrito, dialéctica, lógica, filosofia religiosa e metafísica, tendo obtido o título de Geshe Lhampara, ou seja, Doutor de doutrina budista. Por exemplo, em filosofia religiosa estudou a Prajna Paramita (a Perfeita Sabedoria Transcendente), a Via do Meio (Madhyamika), a disciplina monástica (Vinaya), a Metafísica (Abhidharma) e a lógica e dialéctica (Pramana). Os estudos eram acompanhados por longas horas de meditação ou orações na presença de vinte mil monges.
Foi em Lassa que Sua Santidade teve os primeiros contactos com a cultura Ocidental guiando os três carros importados pelo XIII Dalai Lama, fazendo instalar um projector de cinema no Potala, onde via filmes de Tarzan e conversava longamente com Heinrich Harrer (escreveu as suas memórias no livro, e posterior filme, “Sete anos no Tibete”).
Cronologia:
1950. O regime chinês da época invade o Tibete. Durante nove anos, os tibetanos lutaram pacificamente para manterem a sua identidade sem nenhum resultado.
1959. Vendo que a própria sobrevivência do budismo tibetano estava em perigo se continuasse no Tibete, S.S. Dalai Lama deixa o seu país natal, refugiando-se na Índia (Dharamsala), país onde o budismo nasceu. Na Índia encontra-se com Nehru e, tal como Ghandi, defende sempre a não violência afirmando:
"Sou um adepto fervoroso da doutrina da não violência, que foi ensinada pela primeira vez pelo Buda, sendo depois praticada pelo santo e líder Mahatma Gandhi".
Líder espiritual de todas as escolas budistas tibetanas, Sua Santidade é um factor de união e de construção da identidade cultural dos tibetanos no exílio (e que já nasceram fora do Tibete) e de muitos ocidentais que encontraram no budismo uma ferramenta espiritual.
(...)
1989. O Ocidente reconhece finalmente a sua acção não violenta para preservar a cultura tibetana e a paz no mundo, com a atribuição do
No inverno de 1940 é oficialmente nomeado líder espiritual dos Tibetanos. No Templo de Jokhang foi-lhe cortado o cabelo e vestido o manto monástico, tendo tomado votos como noviço. A sua aprendizagem formal foi inteiramente religiosa e de carácter espiritual.
O seu campo principal de estudo foi a filosofia e a psicologia budista. Estudou principalmente as obras de filósofos religiosos da escola Gelugpa à qual os Dalai Lama tradicionalmente pertencem.
Aprendeu de cor tratados sobre sânscrito, dialéctica, lógica, filosofia religiosa e metafísica, tendo obtido o título de Geshe Lhampara, ou seja, Doutor de doutrina budista. Por exemplo, em filosofia religiosa estudou a Prajna Paramita (a Perfeita Sabedoria Transcendente), a Via do Meio (Madhyamika), a disciplina monástica (Vinaya), a Metafísica (Abhidharma) e a lógica e dialéctica (Pramana). Os estudos eram acompanhados por longas horas de meditação ou orações na presença de vinte mil monges.
Foi em Lassa que Sua Santidade teve os primeiros contactos com a cultura Ocidental guiando os três carros importados pelo XIII Dalai Lama, fazendo instalar um projector de cinema no Potala, onde via filmes de Tarzan e conversava longamente com Heinrich Harrer (escreveu as suas memórias no livro, e posterior filme, “Sete anos no Tibete”).
Cronologia:
1950. O regime chinês da época invade o Tibete. Durante nove anos, os tibetanos lutaram pacificamente para manterem a sua identidade sem nenhum resultado.
1959. Vendo que a própria sobrevivência do budismo tibetano estava em perigo se continuasse no Tibete, S.S. Dalai Lama deixa o seu país natal, refugiando-se na Índia (Dharamsala), país onde o budismo nasceu. Na Índia encontra-se com Nehru e, tal como Ghandi, defende sempre a não violência afirmando:
"Sou um adepto fervoroso da doutrina da não violência, que foi ensinada pela primeira vez pelo Buda, sendo depois praticada pelo santo e líder Mahatma Gandhi".
Líder espiritual de todas as escolas budistas tibetanas, Sua Santidade é um factor de união e de construção da identidade cultural dos tibetanos no exílio (e que já nasceram fora do Tibete) e de muitos ocidentais que encontraram no budismo uma ferramenta espiritual.
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1989. O Ocidente reconhece finalmente a sua acção não violenta para preservar a cultura tibetana e a paz no mundo, com a atribuição do
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