CLICK HERE FOR THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES »

domingo, 31 de janeiro de 2010

Belmiro é uma raposa

Esta semana, Belmiro Azevedo deu uma entrevista à Visão.
Deixem-me, porém, recuar umas décadas. Duarte Pacheco, ministro de Salazar, pediu às indústrias vidreiras para lhe mandarem amostras, a pretexto de um concurso para construir o Instituto Superior Técnico. Teve muitos vidros - quem recusava, então, um pedido ministerial? Quanto ao concurso, népias, as amostras serviram foi para forrar, de graça, os edifícios... Fim de preâmbulo, regresso à entrevista de Belmiro. Citaram-se muito as suas invectivas políticas ("Cavaco é um ditador...", "Sócrates telefona muito..."). Ora, da sua especialidade, negócios, Belmiro disse coisa mais interessante. Isto: que andou "os últimos dois anos a escolher e a experimentar os carros que aqui me punham aos fins-de-semana". Sabendo-se que ele ia comprar carro novo, as empresas serviram amostras durante 104 fins-de-semana, na mira de um concurso tão falso (dois anos a escolher carro?!) como o de Duarte Pacheco. Claro que Belmiro acabou por comprar um, mas suspeito que as empresas forneceram à borla mais fins-de-semana do que tencionavam. Do capitalismo centralista de Estado, à Pacheco, ao liberalismo extremo da raposa livre no galinheiro livre, à Belmiro, assim se explica este Portugal pouco competitivo.
.

1 comentários:

Henrique Ferreira disse...

Isabel,
Diria mais..."pouco competitivo", arrogante e monopolista!

Assim, não vamos lá! Mas uma coisa e certa, convém que os politicos sejam chamados de incompetentes para ver se isto anda para a frente!