Esta semana, Bento XVI vai a Angola. De facto, vai a Luanda, onde passará os três dias da visita. É a segunda vez que um Papa vai a Angola. João Paulo II já lá esteve, em 1992. Angola é a maior aposta do catolicismo em África. E se, agora, o Papa só vai à capital, o momento alto da viagem tem outro lugar como vedeta. No dia da chegada, José Eduardo dos Santos vai ofertar a Bento XVI a maqueta do monumento que ficará a marcar os seus anos de governo: a Basílica de Nossa Senhora da Muxima, sobre o rio Kuanza, a uma centena de quilómetros de Luanda. Em Muxima fica o culto mariano mais importante de África, o de Nossa Senhora da Conceição, a quem os povos de língua quimbundo chamam Muxima, que quer dizer coração. A peregrinação anual, em Agosto, leva lá 150 mil pessoas. Quando Angola foi invadida pelos holandeses foi na Muxima que os portugueses se refugiaram. Data de então, no séc. XVII, o culto à santa. A igreja velhinha e a nova basílica ficarão fronteiras. João Paulo II disse, em 92:
“Angola tem 500 anos de encontro de culturas.
Isso faz de vós um povo diferente.”
A basílica vai dizer em pedra essas palavras.
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