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domingo, 20 de dezembro de 2009

Alemanha redescobre Romy Schneider

A actriz Romy Schneider (1938-1982), nascida em Viena e filha de mãe alemã e pai austríaco, costumava queixar-se que os seus compatriotas a tinham estereotipado na imagem cândida da imperatriz Sissi, que havia interpretado quando nova, na trilogia assinada pelo austríaco Ernst Marischka, e que a revelou. Schneider libertou-se desta imagem quando, em 1958, conheceu Alain Delon na rodagem de Christine, apaixonou-se por ele e rumou a Paris, voltando as costas à Alemanha e ao cinema alemão.
Em França, Romy Schneider começaria uma nova fase da sua vida e da sua carreira e filmaria com cineastas como Claude Chabrol, Claude Sautet, Michel Deville, Costa-Gavras, Andrzej Zulawski Pierre Granier-Deferre ou Bertrand Tavernier, passando ainda por Hollywood e Itália e rodando com Orson Welles, Luchino Visconti ou Otto Preminger. Quando morreu em Paris, em 1982, aos 43 anos, Schneider era considerada uma estrela de cinema francesa de dimensão internacional, tendo ganho dois Césares de Melhor Actriz, em 1976 e 1979.
Este ano, a Alemanha decidiu homenagear a intérprete de Uma História Simples, e depois de um telefilme biográfico, de uma exposição sobre a sua carreira de actriz, a Cinemateca de Berlim tem patente até 5 de Maio de 2010 a exposição Romy Schneider. Viena-Berlim-Paris, composta por 275 peças, entre fotografias (60% das quais inéditas), excertos de filmes, guarda-roupa e documentos, em grande parte cedidos por particulares, incluindo cartas trocadas com Marlene Dietrich.

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